O primeiro relatório do projeto Madeira Nativa, que possui a parceria da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), foi finalizado e está à disposição dos pesquisadores. O projeto foi iniciado em 1999 pelo professor Alfredo Fantini, do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e a partir de 2012 a técnica em Licenciamento Florestal, Maris de Fátima Gaio, da Fatma se juntou a equipe de pesquisas. O material está à disposição na Biblioteca da Fatma na Rua Felipe Schmidt, sede.
Segundo Maris, responsável pela parte institucional e acompanhamento dos estudos, à medida que as pesquisas avançarem, mais relatórios serão elaborados. “Há alguns anos eram executados Planos de Manejo Floresta sustentável nas florestas da Mata Atlântica. Era um modelo que privilegiava o corte somente das árvores com as melhores qualidades para comercialização. No entanto, esta prática promovia a diminuição das árvores geneticamente mais fortes, o que fez com que a legislação atual proibisse a prática do Plano de Manejo nas áreas do Domínio da Mata Atlântica. Nosso principal objetivo é tornar possível, a preservação e o manejo realmente sustentável das florestas”, explica a técnica.
Idealizador e coordenador das pesquisas em campo, o professor Alfredo Fantini afirma que a meta atual é ampliar o alcance do projeto através da instalação de novos locais de estudo em outras regiões de Santa Catarina e que o apoio do presidente da Fatma, Alexandre Waltrick, foi essencial para viabilização da parceria entre a instituição e a universidade. “Antes de realizarmos os trabalhos em conjunto com a Fatma estudávamos a floresta secundária intocada e falávamos sobre seu potencial econômico. Agora estamos mostrando esse potencial à sociedade”, conclui Fantini.
O Projeto
Chamado oficialmente de Bases Ecológicas para o Manejo Sustentável de Florestas Secundárias da Mata Atlântica em Santa Catarina, o projeto tem o objetivo de demonstrar o potencial de produção sustentável de madeira a partir do manejo destas matas, que são chamadas de secundárias pois se recuperam totalmente após terem sofrido danos por corte, fogo e ação da natureza.Outro propósito dos estudos é promover educação ambiental sobre ecologia e manejo consciente destas florestas.