Oito pinguins que estavam no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), no Parque do Rio Vermelho, foram soltos no mar de Moçambique nesta segunda-feira, 31. Antes de serem libertados, os animais, que chegam debilitados e doentes às praias catarinenses, receberam tratamento dos profissionais da R3 Animal, parceira da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), na gestão do parque.
Os pinguins-de-magalhães são originários da Argentina e do Chile e com a chegada do inverno no Hemisfério Sul deslocam-se por águas brasileiras em busca de alimentos. Os que chegam nas praias são recolhidos, tratados e quando adquirem cerca de 3,5 kg, são libertados em grupo. “Nesta soltura, recebemos a colaboração de um pescador da Barra da Lagoa que nos emprestou o barco. Assim, a gente solta os pinguins direto na corrente que facilita a volta deles para o ambiente”, explica a veterinária e gestora da R3 Animal, Cristiane Kolesnikovas. No início de agosto, 23 pinguins foram devolvidos à natureza. Ainda há cerca de 10 animais no Cetas que podem ser soltos até o final do mês.
Preservação e educação
O Centro de Triagem do Parque do Rio Vermelho recebe cerca de 2,5 mil animais silvestres por ano vítimas de tráfico ou maus-tratos. Além de abrigar e tratar os animais, o local disponibiliza uma trilha ecológica usada para educação ambiental. “Os visitantes aprendem que o animal silvestre não é brinquedo e como é nocivo a retirada do habitat natural. Todo o trabalho executado no local é um exemplo de responsabilidade com o meio ambiente e uma forma de ensinar respeito a todas as espécies”, afirma o presidente da Fatma, Alexandre Waltrick.