• Dengue

Dócil, exibida e nada preguiçosa. Assim é a preguiça que vem conquistando a atenção e o carinho dos colaboradores do CETAS, o Centro de Triagem de Animais Silvestres, localizado no Parque Estadual do Rio Vermelho, em Florianópolis, Unidade de Conservação administrada pelo Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA).

A preguiça chegou ao Parque depois de ser encontrada e resgatada pela Polícia Ambiental em um terreno no município de Joinville. Da espécie Bradypus variegatus, o animal foi encaminhado ao CETAS onde recebe todo o cuidado até ser aceita por um zoológico.

Enquanto isso, uma árvore foi colocada dentro do espaço onde a preguiça está no CETAS para que ela possa se espreguiçar e descansar à vontade. Por ser extremamente dócil, o animal não poderá retornar à natureza.

A preguiça é um mamífero exclusivo das Américas Central e do Sul. No Brasil é endêmica da Mata Atlântica, estando, especialmente, em regiões com florestas úmidas ou secas. Por isso, pode ser encontrada em todas as partes do país. Arborícola, alimenta-se exclusivamente de folhas e brotos. Com hábitos noturnos e diurnos, destaca-se pelas garras longas que permitem ficar pendurada na vegetação, curtindo aquela preguiça.

Os movimentos pouco ágeis, a lentidão e o hábito de dormir mais de 14 horas por dia renderam ao animal o nome de bicho-preguiça. No entanto, essa moleza não é por querer. Deve-se à sua baixa atividade metabólica que também é a responsável por descer das árvores apenas uma vez por semana para defecar ou urinar. Só espanta a preguiça na água onde éconsiderada excelente nadadora.

Para descansar em paz e não ser percebido pelos predadores como onças, serpentes e gavião-real, recorre à camuflagem dos pelos que oscilam entre marrom, amarelo e até verde.

Apesar de ser considerado um animal solitário, e ser visto em duplas apenas na época de reprodução, a preguiça que está no CETAS mostra-se extremamente dócil, adora um colo e não tem preguiça nenhuma para distribuir abraços e simpatia.

CETAS

A preguiça é apenas um dos cerca de três mil animais que chegam por ano no Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), no Parque Estadual do Rio Vermelho. Os animais são encaminhados ao local por diversas situações, principalmente, apreensão por tráfico, cárcere, animais machucados ou entregas voluntárias.

No CETAS recebem todo tratamento e cuidado necessários. Muitos, após a reabilitação, são devolvidos ao habitat natural. Alguns, como a preguiça, não podem mais retornar e são encaminhados para locais adequados e seguros.