O Centro de Tratamento de Animais Silvestres (Cetas) do Parque do Rio Vermelho recebeu nesta primavera vários filhotes encontrados nas rodovias do Estado. Os animais recebem alimentação adequada a base de vitaminas e são reabilitados. O trabalho de recuperação é realizado pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) em parceria com a ONG R3 Animal e Polícia Militar Ambiental. Os babies não estão no espaço de visitação do parque.
Um dos filhotes internados é um bugio de dois meses de vida que foi encontrado a beira de uma rodovia. O animal não poderá ser solto por ser muito pequeno e por não conseguir aprender a sobreviver sozinho na natureza. Outro bebê que chegou é uma capivara de dois meses. O roedor vai ficar mais 120 dias no Cetas até ter em condições de ser liberado. Um filhote de tamanduá que também recebe cuidados vai ficar por mais nove meses em reabilitação para desacostumar com contato humano. “Por mais que os bichinhos sejam bonitos, as pessoas têm que ter a consciência de que o lugar dos animais silvestres é em seu habitat natural e quando há interferência nisso todo o meio ambiente se desequilibra”, explica o gerente de Unidades de Conservação, Gilberto Morsch.
Também estão em recuperação três bebês corujas. As aves vão criar penas e depois de aprenderem a voar serão liberadas. Há ainda um gato-do-mato e dois cachorros-do-mato. Os filhotes têm entre três a quatro meses de vida e estão sendo cuidados para que se tornem independentes e possam sobreviver sozinhos na natureza. “A maioria dos filhotes que nós tratamos, perdem suas mães, que foram mortas por atropelamento, caça ilegal ou queda dos ninhos devido a ventos e chuvas, no caso das aves”, conta a bióloga Josiele Felli, da R3 Animal.