Fortes, bem alimentados e seguros. Assim estavam os 16 pinguins soltos nesta segunda-feira, 10, na praia do Moçambique em Florianópolis. Os animais foram libertados após permanecerem em tratamento por 45 dias no Centro de Tratamento de Animais Silvestres (Cetas) no Parque do Rio Vermelho. O trabalho de reabilitação é feito pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) em parceria com a ONG R3 Animal e Polícia Militar Ambiental.
Com a chegada do inverno no Hemisfério Sul, os pinguins partem em busca de alimentos. Alguns se perdem dos bandos e adoecem. Já bem fracos e debilitados, chegam ao litoral catarinense. Além dos 16 que foram soltos, restam ainda 10 pinguins em tratamento no Cetas. Antes de serem soltos, é colocado um chipe que guarda as informações sobre o tratamento do animal.
O Cetas recebe cerca de 50 pinguins por ano. “Nossa missão é devolver à natureza o que lhe pertence. Este é o compromisso da Fatma com a sociedade e o meio ambiente”, conta Gilberto Morsch, Gerente das Unidades de Conservação da Fatma.
O que fazer ao encontrar um pinguim
Se você encontrar um pinguim que precise de reabilitação, a orientação é aquecê-lo e não colocá-lo em lugares frios. Ao chegarem em nossas praias eles estão doentes, magros e sem a camada de gordura natural que os fazem suportar baixas temperaturas. Com auxílio de uma toalha, os animais devem ser colocados dentro de uma caixa de papelão. Em seguida, acione a Polícia Militar Ambiental, pelo (48) 3665-4487, para que os pinguins sejam encaminhados ao centro de tratamento
Preservação e educação
O Centro de Triagem do Parque do Rio Vermelho recebe cerca de 2,5 mil animais silvestres por ano vítimas de tráfico ou maus-tratos. Além de abrigar e tratar os animais, o local disponibiliza uma trilha ecológica usada para educação ambiental. “Os visitantes aprendem que o animal silvestre não é brinquedo e que é nocivo retirá-lo do habitat natural. Todo o trabalho executado no local é um exemplo de responsabilidade com o meio ambiente e uma forma de ensinar respeito a todas as espécies”, afirma o presidente da Fatma, Alexandre Waltrick. Como o objetivo do tratamento dos pinguins é devolvê-los à natureza, os animais não estão à disposição do público.