Trazida para o Brasil como planta ornamental, a Uva-do-japão, também conhecida como pé-de-galinha, tornou-se uma ameaça a Mata Atlântica. Para analisar os impactos dessa árvore exótica invasora, a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) firmou nesta quinta-feira, 19, um termo de cooperação técnica entre a Tractebel Energia e o Instituto Hórus. As pesquisas serão feitas no Parque Fritz Plaumann, em Concórdia.
O parque, criado em 2003 por meio de compensação ambiental da usina hidrelétrica de Itá, possui 741 hectares da floresta do Rio Uruguai. Cerca de 30% a 50% da mata nativa do parque está tomada pela uva-do-japão. “Queremos entender o problema para depois alcançar a solução”, afirma o presidente da Fatma, Alexandre Waltrick.
O Instituto Hórus fará o estudo durante dois anos. “Os pássaros e animais gostam muito do fruto e contribuem na disseminação da espécie. Os estudos dos próximos dois anos serão para definir melhor quais impactos da árvore no meio nativo, para depois fazer a gestão e controle da espécie”, explica a engenheira-florestal e diretora do instituto, Silvia Zeller, de 30% a 50% da mata nativa do parque está tomada pela uva-do-japão.
O apoio financeiro será dado pela Tractebel. “O Parque Fritz Plaumann e o Parque Teixeira Soares, no Rio Grande do Sul, formam juntos um corredor ecológico de mais de 700 quilômetros. Os espaços são voltados para a preservação e também para a pesquisa”, afirma o diretor de Produção de Energia, José Carlos Cauduro Minuzzo.