O Governo do Estado realizou nesta terça-feira, 4, em Florianópolis, o evento “SC Acelerando a Economia – Edição Portos”, que vai injetar R$ 7 bilhões em investimentos públicos e privados no Estado nos próximos três anos. O valor é resultado da soma dos investimentos públicos em obras dos governos federal e estadual no complexo portuário de SC com o montante de R$ 2,7 bilhões a ser aplicado por 10 empresas exportadoras e importadoras em ampliações de suas unidades catarinenses. Os protocolos de intenções das empresas foram assinados no evento, garantindo incentivos fiscais como contrapartida aos investimentos privados a serem realizados.
O ministro da Secretaria dos Portos, Edinho Araújo, e a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, participaram do encontro atendendo convite do governador Raimundo Colombo e do secretário de Estado da Fazenda, Antonio Gavazzoni. Investidores, empresários e lideranças políticas e da cadeia portuária integraram o público no Teatro Pedro Ivo.
"Vivemos um momento de ajuste, de recessão, de crise financeira e econômica. Mas o governo de Santa Catarina se destaca buscando saídas e soluções. Isso é fundamental. Não podemos ficar só reclamando, mas temos sim que propor caminhos. A crise é maior para os que estão inertes", defendeu o ministro Edinho Araújo. Pela manhã, o ministro sobrevoou os portos catarinenses e elogiou o que viu. "É uma estrutura impressionante, espetacular. São portos com características distintas, que têm muita importância para o Estado e também para todo o país. Santa Catarina tem uma vocação portuária, esse é um setor com história, com passado, com presente e, com certeza, com um futuro promissor", destacou.
O governador Raimundo Colombo lembrou da vocação exportadora do Estado e ressaltou que o momento de dólar em alta é uma grande oportunidade para as empresas catarinenses ampliarem ainda mais as exportações, com a abertura de novos mercados internacionais. E a estrutura eficiente dos portos de SC é um fator que contribui para este movimento. “Temos que reconhecer o trabalho, o empenho e o desempenho de todos que construíram esse modelo de sucesso que é referência para o país. E nesse momento de crise, temos que valorizar, incentivar e fortalecer setores como o portuário, para que eles se desenvolvam ainda mais. Evidentemente que temos novos desafios. Mas crise não se enfrenta com pessimismo. Nós temos que vencê-la. E para isso, temos que ter disposição. Em Santa Catarina, não temos motivo para nos acovardar. Temos gente competente, trabalhadora, com tecnologia e conhecimento para enfrentar e vencer os desafios, protegendo os empregos dos catarinenses e garantindo nosso crescimento”, afirmou Colombo.
Entre as novas medidas práticas do Governo do Estado, foi anunciada a instituição de um grupo de trabalho que irá elaborar o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) da Baía Babitonga. O trabalho será coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento, com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável e a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma). Previsto na Política Nacional do Meio Ambiente e no Estatuto das Cidades, o ZEE é um instrumento de planejamento e ordenamento territorial que deve assegurar a conservação dos recursos naturais e garantir seu uso racional.
SC Acelerando a Economia
A programação SC Acelerando a Economia é resultado de uma agenda positiva que vem sendo construída com o apoio das equipes da Fazenda, Planejamento, Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico, Fatma e Casa Civil. "Nosso objetivo é identificar setores importantes do Estado que, em um momento de crise, possam ser incentivados para continuarem produzindo e crescendo, movimentando a economia catarinense", explicou o secretário Gavazzoni.
Em junho, também dentro da iniciativa, foi lançado o programa SC+Energia, que incentiva o investimento em energias alternativas, principalmente as consideradas limpas e renováveis, como Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), eólica, solar e biomassa. Entre as medidas do programa, estão incentivos fiscais para novos investimentos em energias renováveis e reforço de pessoal nas equipes que trabalham com licenciamento ambiental.