Os técnicos da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) dedicaram a quarta-feira, 15, para debater a presença, o monitoramento e o combate do mexilhão-dourado. O encontro contou com a presença do engenheiro químico Otto Mader, que faz parte do Grupo Integrado de Aqüicultura e Pesca da Universidade Federal do Paraná. “A espécie está no Rio Grande do Sul e no Paraná, cercando Santa Catarina. O molusco já foi encontrado nas grandes hidrelétricas do Estado e para evitar mais transtorno, o ideal é a detecção precoce, o monitoramento e o controle”, explica Mader.
O mexilhão-dourado fixa em qualquer tipo de superfície, formando colônias e impedindo a passagem da água e o funcionamento, principalmente, de hidrelétricas. No país, 27 usinas estão contaminadas. A maneira mais comum para combater o molusco é com o uso de produtos químicos como o cloro e até a soda cáustica. “A Anvisa e o Ibama lançaram uma Instrução Normativa que estabelece critérios para registros de agrotóxicos, seus componentes e afins para o uso no combate ao mexilhão-dourado”, conta o engenheiro.
O combate da praga em Santa Catarina também foi tratado na reunião. “Vamos discutir com outras instituições estaduais para conscientizar os setores produtivos envolvidos, criar barreiras sanitárias, dar orientações para o controle de dispersão por embarcações e apetrechos de pesca e pesquisa, que podem levar o mexilhão-dourado a novas áreas”, informa a gerente de Licenciamento de Empreendimentos em Recursos Hídricos, Suzana Maria Cordeiro Trebien.