Técnicos do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) em parceria com a equipe da Coordenadoria Regional de Proteção e Defesa Civil de Xanxerê, participam, nesta semana, de mais um módulo do Curso de Análise Ambiental de Áreas Críticas por Sistemas de Informação Geográfica com uso de Aeronaves Não Tripuladas.
Nesta etapa, o treinamento piloto além de treinar sobre pilotagem de drones, integra o uso do geoprocessamento em softwares especializados, como o QGIS, um dos softwares mais utilizados para Sistemas de Informação Geográfica (SIG), e especializado em análise espacial, manipulação de dados geográficos e criação de mapas. O QGIS oferece uma série de ferramentas para análise espacial, processamento de dados vetoriais e raster, além de possibilitar a visualização e interpretação de informações geográficas.
Desde 2017, o Instituto utiliza drones para auxiliar em atividades como inspeção de áreas para o licenciamento ambiental, geoprocessamento, monitoramento preventivo, fiscalização de crimes ambientais entre outros serviços que visam à proteção, conservação e gestão sustentável dos recursos naturais.
A utilização de drones trouxe capacidade de monitoramento sem precedentes. Em locais de difícil acesso, onde uma vistoria de campo seria inviável, os drones conseguem captar imagens em alta resolução, permitindo que os técnicos analisem áreas extensas com precisão. “No âmbito do licenciamento ambiental, o uso de drones tem sido muito importante para a verificação da conformidade entre o projeto licenciado e a realidade no campo, resultando na execução de processos de licenciamento mais seguros e baseados em dados atualizados”, enfatiza a presidente do IMA, Sheila Meirelles
Para operar os equipamentos, os profissionais precisam de treinamento teórico e prático para garantir precisão e agilidade. “O curso é bastante demandado dentro do IMA. Hoje, temos cerca de 90 pilotos formados dentro do quadro funcional ativo, uma conquista importante para o órgão ambiental que investe no aperfeiçoamento técnico dos profissionais para garantir a excelência do serviço prestado aos catarinenses”, comenta o diretor de Controle, Passivos e Qualidade Ambiental do IMA, Diego Hemkemeier Silva.
O gerente de Geoprocessamento do IMA, Djoni Antonio da Silva, que também acompanha a capacitação e destaca que a utilização de drones são importantes para mapear a extensão de áreas degradadas e monitorar os esforços de recuperação ecológica fornecendo dados valiosos sobre o sucesso das iniciativas de restauração.
“Através da tecnologia cada vez mais acessível e avançada, o setor ambiental se beneficia enormemente, oferecendo novas abordagens para o monitoramento e gestão ambiental sustentável. Também estamos investindo cada vez mais em inovação geoespacial e, recentemente, criamos a Sala de Monitoramento e Situação, que oferece uma visão em tempo real de diversas variáveis ambientais, permitindo uma resposta imediata a emergências e uma melhor coordenação das atividades de fiscalização e monitoramento do IMA”, explica.
O curso também está sendo ministrado pelo servidor da Coordenadoria Regional do Meio Ambiente do IMA (CODAM) de Chapecó, Juliano Vitória Domingues. Atualmente, o IMA conta com 49 drones que são utilizados pelas equipes da sede em Florianópolis, das 16 regionais do órgão distribuídas pelo estado, e das 10 Unidades de Conservação (UC) administradas pelo Instituto.