Fotos: Leo Munhoz/Secom
O Governo de Santa Catarina, por meio da secretaria de Estado do Planejamento (SEPLAN), lançou oficialmente nesta quarta-feira, 18, o Estudo sobre a Economia Verde no estado. Com a presença do governador Jorginho Mello, foram apresentados os dados disponibilizados pelas Secretarias de Estado do Meio Ambiente e Economia Verde, da Agricultura e Pecuária, pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), pela Invest SCPar, e analisados pelos técnicos da SEPLAN.
“Esse é um trabalho a várias mãos, coordenado pela Secretaria do Planejamento pra que a gente cumpra mais esse compromisso. A intenção é remunerar o pequeno agricultor pelo que ele já preserva, pelo que ele já cuida na sua propriedade. Mantendo as fontes de água, os córregos, a mata. Nós temos 1% do território nacional, mas somos a 6ª economia, porque nós produzimos e, também, preservamos. Temos 40% do nosso território completamente preservados, nós somos um estado que cuida da natureza. E a gente quer ter esse ativo a nosso favor pra daqui a pouco ter a capacidade de vender crédito de carbono, porque o nosso agro é verde”, pontuou o governador Jorginho Mello.
O estudo revela resultados animadores sobre o impacto da Economia Verde em Santa Catarina. Segundo os dados apresentados, o setor gerou mais de R$ 67 bilhões em renda e quase 775 mil empregos. Esses números destacam a relevância das práticas verdes na economia estadual, refletindo a importância crescente das atividades voltadas para a mitigação das mudanças climáticas e a preservação ambiental.
“A Economia Verde em SC gerou R$ 67 bilhões e representa quase 775 mil empregos. Esses números destacam a relevância das atividades voltadas para a mitigação das mudanças climáticas na economia do estado. Acompanhar esses indicadores nos permitirá monitorar e expandir os impactos dessas atividades, integrando-as com as políticas públicas estaduais”, explicou o secretário de Estado do Planejamento, Edgard Usuy.
O conceito de Economia Verde, amplamente discutido em fóruns internacionais e nacionais, está alinhado com as diretrizes da PNUMA-ONU. Este conceito abrange atividades econômicas que melhoram o bem-estar humano e a igualdade social, reduzindo significativamente os impactos ambientais e a escassez ecológica. Os pilares principais incluem baixa emissão de carbono, eficiência no uso de recursos e inclusão social.
“Este Estudo é sinônimo de avanço para Santa Catarina, um retrato demonstrando quanto o Estado vem investindo atualmente na economia verde. É um documento que vai nos orientar na tomada de decisões, formulação de políticas públicas e fomento das atividades econômicas em busca da sustentabilidade. Com o equilíbrio e integração entre o desenvolvimento econômico, o social e o ambiental, Santa Catarina sustentará os principais pilares para uma sociedade mais desenvolvida. Por isso, nós da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Economia Verde estamos muito felizes em poder contribuir com a publicação deste material, afinal, com incentivo para ações de economia verde, teremos ecossistemas mais saudáveis e tanto o progresso da sociedade, quanto da economia, caminharão juntos”, destacou Guilherme Dallacosta.
O estudo lançado marca o início de uma nova fase no planejamento e na ação estratégica do estado, consolidando o compromisso de Santa Catarina em se tornar um líder nacional em Economia Verde. A colaboração entre diversas secretarias e órgãos do governo demonstra um compromisso coletivo em enfrentar os desafios ambientais e econômicos de maneira integrada e eficaz.
“O que a gente quis deixar muito claro é que a economia verde vai muito além. Hoje o que a gente pode ver é que muitos empreendimentos que se dizem sustentáveis na verdade, não são. Então a partir do momento em que eles realmente começarem a trabalhar pra ter uma cadeia de produção livre de CO2 ou como uma mínima emissão de gases de efeito estufa, descartar os rejeitos das construções e o plástico de um modo correto, tudo isso vai tornar o empreendimento dele mais eficaz na parte sustentável, vai cuidar mais do meio ambiente e vai ter um valor de mercado ainda maior do que hoje a gente vê em Santa Catarina, a gente vai conseguir observar, inclusive, uma valorização no mercado imobiliário de Santa Catarina”, esclareceu a presidente do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Sheila Meirelles.