Um grupo formado por representantes de 15 instituições, entre elas, órgãos governamentais, instituições de pesquisa e de ensino, organizações da sociedade civil e do setor produtivo, se reuniram no último dia 11 de abril, para nivelar informações e complementar a proposta do Plano de Manejo e Controle do Javali em Santa Catarina.
A proposta foi elaborada em julho de 2021, durante o evento “Invasão por javali – Desafios, soluções e perspectivas para manejo e controle de javali no estado de Santa Catarina” (https://javalisc.sites.ufsc.br/) promovido pelo Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, sob coordenação da professora Michele Dechoum, com financiamento da FAPESC e apoio de diversos parceiros.
Durante o evento, em 2021, foi definido que a coordenação do Plano ficaria a cargo da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural (SAR), do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA) e da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC). Além disso, a implementação do Plano também contará com a participação de entidades governamentais e não-governamentais envolvidas com a problemática do javali no Estado por meio do Grupo de Assessoramento Técnico – GAT, que será responsável pelo acompanhamento e busca pela implementação das ações previstas no Plano, visando atingir os objetivos definidos.
O Plano possui como cenário futuro (perspectiva de 25 anos), a ser buscado em ciclos de planejamento de 5 anos, o manejo efetivo do javali em Santa Catarina compatível com a manutenção de serviços ambientais, de cadeias agroprodutivas, da sanidade animal, da saúde pública e da conservação da biodiversidade a partir de uma estrutura de governança participativa consolidada. A estrutura de governança deverá contemplar um sistema de prevenção contra novas introduções; uma rede integrada de fiscalização e monitoramento, detecção precoce e resposta rápida visando à erradicação de novos focos de invasão; ações de controle focados na redução populacional e na contenção da ocorrência da espécie; a restauração de ambientes; e uma comunicação efetiva com a sociedade.
“Espera-se que após essa primeira fase de nivelamento e complementação do planejamento, o Grupo de Assessoramento Técnico, junto aos demais colaboradores e às instituições que representam, iniciem em breve a execução das ações previstas para o primeiro ciclo de cinco anos”, comentou uma das coordenadoras do Plano, Deyse Carpes Gomes, Gerente de Sanidade Animal da SAR.