O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA) realizou nesta quinta-feira, 21 de maio, fiscalização e coleta de amostras na Lagoa da Conceição, após aparecimento de espuma no local. Os técnicos coletaram amostras nos pontos 62, 38 e 72. Serão avaliados a existência de coliformes fecais e testados parâmetros físico-químicos, não abrangidos no Programa de Balneabilidade.

As coletas foram realizadas nos pontos onde houve identificação de espuma, localizados nos trapiches de serviços de transportes e em frente às Ruas Canto da Amizade e Manuel Isidoro da Silveira. O resultado deve sair na próxima segunda-feira, 25 de maio.

O IMA realiza pesquisa de balneabilidade na Lagoa da Conceição desde 1996, e nos pontos acima citados há mais de 20 anos. Devido à pandemia de coronavírus e às medidas restritivas de circulação para combater o contágio da doença, o Instituto suspendeu desde 18 de março o monitoramento da qualidade da água do mar nas praias catarinenses.

A análise realizada nesta quinta-feira, 21 de maio, foi pontual. Devido às dificuldades impostas pela pandemia, a pesquisa ainda não tem data definida para ser retomada. No entanto, o IMA permanecerá acompanhando a situação da Lagoa da Conceição e realizará testes sempre que necessário na região.

Além disso, os técnicos realizaram sobrevoo com veículo aéreo não tripulado (VANT) a fim de identificar possíveis pontos de contaminação. Esta rotina de sobrevoos continuará nos próximos dias.

Balneabilidade

A Pesquisa de Balneabilidade do IMA analisa as águas de cada balneário e determina se estão próprias ou impróprias para o banho. Isto é, se estão contaminadas ou não por esgotos domésticos. A existência de esgoto é verificada por meio da contagem da bactéria Escherichia coli (E.c.) presente nas fezes de animais de sangue quente que podem colocar em risco a saúde dos turistas e da população local.

A pesquisa de Balneabilidade é um trabalho realizado sistematicamente pelo IMA desde 1976, seguindo as normas da Resolução Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). Começa com a coleta de amostras da água do mar em 231 pontos dos 500 quilômetros da costa catarinense. As coletas são feitas mensalmente de abril a outubro e semanalmente de novembro a março - o pico da temporada de verão.