A terceira Unidade de Conservação do Estado de Santa Catarina, localizada no Vale do Itajaí, completa nesta quinta-feira 39 anos. A Reserva Biológica Estadual da Canela Preta foi fundada em 20 de junho de 1980, pelo Decreto nº 11.232, com o intuito principal de proteger a canela-preta (Ocotoa catharinenses), árvore predominante na área, mas que se encontra ameaçada de extinção devido à exploração para fins comerciais.
Localizada nos municípios de Botuverá e Nova Trento, a Reserva possui uma área de 1.899 hectares, atuando como divisor das bacias hidrográficas dos Rios Itajaí-açu e Tijucas.
Vegetação
Além de ser coberta pela Floresta Atlântica, pesquisadores encontraram mais de 70 espécies diferentes de árvores em um único hectare, com destaque para o palmito juçara e exemplares de bromélias e orquídeas.
A canela preta
A árvore canela-preta, que dá nome à Reserva, foi bastante explorada, utilizada para a marcenaria, construção civil, móveis, assoalhos, cosméticos e produção de lenha. Com a utilização para fins comerciais, a árvore quase entrou em extinção. A Reserva Biológica Estadual da Canela Preta tem o objetivo abrigar e proteger espécies de vegetação que estão desaparecendo de Santa Catarina.
Fauna
Pesquisas científicas realizadas no local apontaram mais de 170 espécies de aves, como o ameaçado Sabiá-cica e o endêmico Trepador-de-coleira.
A reserva
O local não está aberto ao público, mas funciona como uma importante reserva genética e área para pesquisa científica. A sede da Reserva tem capacidade para acomodar seis pessoas simultaneamente e está localizada junto ao Parque Municipal das Grutas de Botuverá.