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O Governo do Estado de Santa Catarina, por meio do Instituto do Meio Ambiente (IMA), apresentou nesta quinta-feira, 12 de dezembro, durante o lançamento do Verão Santa Catarina, as novas placas de balneabilidade que indicam a condição do ponto para banho humano. Serão instaladas 229 placas nos 500 km da costa catarinense.

A nova sinalização nas praias foi desenvolvida de acordo com a logomarca do Instituto em substituição às antigas placas que estão com a marca da então Fatma, extinta em dezembro de 2017. O layout mais moderno e atrativo contém características e cores que remetem ao mar e à natureza. Além de indicar a propriedade ou não do local para banho, as placas têm ainda informações como o site de balneabilidade e o da Ouvidoria para denúncias.

Santa Catarina é o segundo estado com maior monitoramento de balneabilidade. O primeiro é o Rio de Janeiro. Ao todo, são monitorados 229 pontos nos 500 quilômetros da costa de Santa Catarina. O IMA seleciona esses pontos de tal forma que todo o litoral seja avaliado, concentrando as coletas justamente nos locais mais suscetíveis de poluição, os de maior fluxo de banhistas. Todos os pontos receberão nova sinalização.

 

Balneabilidade

A pesquisa de balneabilidade é realizada sistematicamente pelo órgão ambiental catarinense desde 1976, seguindo as normas da Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente. A Pesquisa analisa as águas de cada balneário e determina se estão próprias ou impróprias para o banho. Isto é, se estão contaminadas ou não por esgotos domésticos. A existência de esgoto é verificada por meio da contagem da bactéria Escherichia coli (E.c.) presente nas fezes de animais de sangue quente que podem colocar em risco a saúde dos turistas e da população local.

Os técnicos fazem as coletas da água do mar a até 1 (um) metro de profundidade, na quantidade de 100 mililitros em cada ponto. O material coletado é submetido a exames bacteriológicos durante 24 horas. São necessárias cinco semanas consecutivas de coleta para se obter um resultado tecnicamente confiável.

Para as análises são levados em consideração aspectos como condições de maré, incidência pluviométrica nas últimas 24 horas no local, a temperatura da amostra e do ar no momento da coleta (parâmetro físico) e a imediata condução para a pesquisa em crescimento bacteriano.

A pesquisa, além de servir como parâmetro na escolha da praia pelo banhista, também é um serviço de saúde pública e essencial para a tomada de decisão por parte da administração municipal.

Durante a alta temporada, de novembro a março, o IMA monitora semanalmente a qualidade da água do mar para banho humano. As placas serão atualizadas todas as semanas. No entanto, a equipe da Gerência de Laboratórios e Medições Ambientais do Instituto solicita a atenção dos banhistas com relação à sinalização, pois em muitos lugares as placas são danificadas, vandalizadas e até retiradas. Por isso, sempre que necessário, basta acessar o site balneabilidade.ima.sc.gov.br para saber a situação atualizada de todas as praias do litoral catarinense.

A água é considerada:


Própria: quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras coletadas nas últimas 5 semanas anteriores, no mesmo local, houver no máximo 800 Escherichia coli por 100 mililitros.
Imprópria: quando em mais de 20% de um conjunto de amostras coletadas nas últimas 5 semanas anteriores, no mesmo local, for superior que 800 Escherichia coli por 100 mililitros ou quando, na última coleta, o resultado for superior a 2000 Escherichia coli por 100 mililitros.

Foto: Cristiano Estrela / Secom.