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O presidente do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA), Valdez Rodrigues Venâncio, servidores do IMA e representantes da Diretoria de Vigilância Epidemiológica reuniram-se nesta segunda-feira, 18 de março, para definir estratégias ao combate e prevenção à Febre Amarela.

Como a doença é transmitida ao homem pela picada de mosquitos que habitam o alto das árvores, o IMA em parceria com a Polícia Militar Ambiental e a Vigilância Epidemiológica vão elaborar estratégias para a proteção dos servidores que atuam em áreas de matas e para os visitantes das 10 Unidades de Conservação Estaduais, distribuídas em todas as regiões catarinenses.

Os profissionais do Instituto, principalmente os que estão em contato com áreas de mata, devem se vacinar, e coordenadores de Parques e demais servidores passarão por capacitação sobre o tema. Nas Unidades de Conservação, os visitantes receberão orientações sobre a importância da prevenção como vacinação e uso de repelentes.

Não há registros do vírus em Santa Catarina. No entanto, no início deste ano o Paraná identificou casos e no dia 07 de março foi confirmada a primeira morte por febre amarela no estado vizinho. Um homem, trabalhador da zona rural de Morretes/PR, que não havia tomado a vacina, morreu pela doença.

O caso reforça o alerta para Santa Catarina. De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Raquel Ribeiro Bittencourt, o aparecimento de casos no estado vizinho significa que o vírus, que antes estava no estado de São Paulo, está descendo e pode chegar a qualquer momento a Santa Catarina. “Isso nos preocupa, porque quase a metade dos catarinenses não está imunizado contra a doença”, esclarece.

Para aumentar a conscientização e a prevenção, o Governo do Estado de Santa Catarina, em parceira com os municípios, realiza de 20 de março a 20 de abril a Campanha Estadual de Vacinação contra a Febre Amarela. Neste período, todos os moradores do estado, a partir de nove meses de idade, devem procurar uma unidade de saúde para realizar a vacina contra a doença. A meta é vacinar 95% da população catarinense. Hoje, apenas 56% do público-alvo (pessoas com mais de nove meses de idade) foi vacinado.

Sobre a doença

A febre amarela é uma doença grave que pode levar à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente. Ela é causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito, não há transmissão de pessoa a pessoa. No Brasil, os casos de febre amarela são classificados como silvestre, não há informação de febre amarela urbana. Ainda assim, como a população catarinense que vive na área urbana está exposta a bordas de mata, fragmentos de mata, como: parques, praças arborizadas, jardins botânicos e áreas periurbanas (áreas de mata próxima das cidades), o risco dos mosquitos silvestres, Haemagogus e Sabethes, transmitirem a doença é alto.

Sintomas

As manifestações iniciais da doença são: febre alta de início súbito, sensação de mal estar, dor de cabeça, dor muscular, cansaço, calafrios, náuseas e vômitos. Quando a doença evolui para a forma grave, há um aumento da febre, diarreia, reaparecimento dos vômitos, dor abdominal, icterícia (olhos amarelados, semelhante à hepatite), manifestações hemorrágicas (equimoses, sangramentos no nariz e gengivas) e ocorre funcionamento inadequado de órgãos vitais como fígado e rins. A única forma de evitar a febre amarela silvestre é a vacinação contra a doença.

Transmissão

O desaparecimento dos primatas não humanos (macacos) pode causar um desequilíbrio ambiental e os mosquitos transmissores da febre amarela, que habitam o alto das árvores e têm preferência por macacos, podem passar a procurar novas fontes de alimento, voando mais baixo e picando os humanos que adentrarem as matas ou habitam em regiões próximas.

Desta forma, as pessoas que adentram as matas para atividades de lazer ou profissional e que residem em áreas de mata podem correr maior risco. Por isso é tão importante protegermos os macacos, eles servem de alerta e avisam quando a doença está chegando, antes de sermos atingidos.

Para efeito de vigilância, todo primata não humano encontrado morto (incluindo ossadas) ou doente, deve ser considerado como suspeito de febre amarela. Sendo assim, ao encontrar algum macaco desorientado, com sinais de doenças, ou morto, acione imediatamente a vigilância epidemiológica do seu município. Dessa forma, os órgãos de saúde podem agir imediatamente na prevenção da transmissão da doença para os humanos.

Vacinação

Lembrando que a vacinação é recomendada para as pessoas a partir de nove meses de idade que residem nos municípios que compõem a Área Com Recomendação de Vacina ou se deslocam para ela, e desde o segundo semestre de 2018 todo o estado de Santa Catarina é considerado Área de Recomendação de Vacina contra febre amarela.

A única forma de prevenir a febre a amarela é por meio da vacinação. Apenas uma dose é suficiente para ficar protegido durante toda a vida.

Quem não deve tomar a vacina da febre amarela? Crianças menores de 9 meses de idade.

  • Pacientes com imunodepressão de qualquer natureza.
  • Pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave, com a contagem de células CD4 < 200 células/mm3 ou menos de 15% do total de linfócitos para crianças menores de 6 anos.
  • Pacientes submetidos a transplante de órgãos.
  • Pacientes com imunodeficiência primária;
  • Pacientes com neoplasia.
  • Indivíduos com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (gelatina bovina, ovo de galinha e seus derivados, por exemplo).
  • Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica).
  • Mulheres amamentando crianças menores de seis meses

Postos de vacinação

Informações dos pontos de vacinação no Estado, basta clicar em salas de vacinação no site http://www.dive.sc.gov.br/febre-amarela/

(Fonte http://www.dive.sc.gov.br/febre-amarela/view/faq-vacina.php).

Texto com informações da assessoria da DIVE.