O presidente do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina, André Adriano Dick, participou nesta quarta-feira, 28 de novembro, em Lages, de reunião com agricultores e autoridades locais sobre a Operação Campereando, realizada pelo Ibama, que levou ao embargo de duas propriedades na serra catarinense.

A Operação que, segundo o Ibama, tem como finalidade a proteção do bioma Campos Sulinos, pois as áreas fiscalizadas estariam na condição de vegetação secundária em estado inicial de degeneração, assustou os agricultores que agora buscam soluções para dar início à produção com segurança.

Desta forma, reuniram-se o presidente do IMA, André Adriano Dick, o superintendente do Ibama em Santa Catarina, Jorge Luiz Acioli, o prefeito de Lages, Antônio Ceron, o procurador do Ministério Público Federal, Nazareno Jorgealém Wolff, o procurador da Secretaria de Estado da Agricultura e Pesca, Eduardo Pizzolatti, além de representantes de associações de produtores.

Preocupados, alguns produtores expuseram as dificuldades que a operação já gerou para o início do plantio, que deve ser feito em breve. “Só a simples ameaça da sanção está criando problemas. Já tem fornecedor que não está aceitando fornecer ante esta ameaça”.

Durante o encontro, o presidente do IMA garantiu que o órgão ambiental catarinense não vai exigir licenciamento ambiental da atividade agrícola. “O IMA licencia o que está na resolução do Consema e o que prevê a legislação ambiental. Não há necessidade de licenciamento ambiental específico para produção agrícola no estado de Santa Catarina. Nosso posicionamento como o órgão ambiental catarinense é que não vamos cobrar licenciamento ambiental porque a legislação não prevê”.

Ainda na reunião, o presidente foi decisivo para a definição dos encaminhamentos. “O superintendente do Ibama está se comprometendo a se posicionar sobre estes dois casos específicos hoje ou, no máximo, amanhã. Aos demais casos foi solicitado prazo e nenhum dos produtores está impedido de fazer sua atividade”, concluiu.